terça-feira, 28 de agosto de 2018

Medos de mãe 💗

Ser mãe fez-me aprender a viver com medo...
Desde que fui mãe, deparo-me com novos sentimentos e desafios diariamente. Um dos mais difíceis (e assustadores) é, sem dúvida, ter de lidar com medos até então desconhecidos ou nunca antes pensados.
Um dos primeiros, foi o medo de morrer... Não por mim ou pela dor física que a morte pode trazer, mas sim pela dor de deixar o Gustavo; de não o ver crescer; de não acompanhar todos os sorrisos e conquistas; todas as birras e noites difíceis; todos os desafios e vitórias... O medo de perder a benção que me foi dada.

Depois chegou o medo de não ser boa mãe: será que estou há altura?; terei capacidade para cuidar de um bebé?; como faço quando ele chorar muito, nas noites em que o namorado vai  trabalhar no dia seguinte , e estiver sozinha?; com quem contar quando surgir um imprevisto?; e se eu não me vou aperceber quando ele ficar doente?...
Medo de falhar - este é outro... O receio de não conseguir cumprir o prometido; de desiludir; de não estar tão presente quanto eu (ou o Gustavo) gostaria; de não corresponder às expetativas da pessoa mais importante para mim...
Tive de me "mentalizar" que a perfeição não existe; que dou o meu melhor; e que sou a melhor mãe que consigo (e sei ser). E os medos vão diminuindo gradualmente.
Educar é difícil. Há alturas em que nos questionamos se estamos a fazer bem; se estamos a educar bem e "certo"; se poderíamos (ou devíamos) fazer diferente; se somos bons pais...
Mas uma coisa eu aprendi: não há duas mães (ou pais iguais). A dinâmica que "funciona" bem com uma família, pode "não funcionar" com outra. E isso não quer dizer que uma está certa e outra errada! Demonstra sim que cada um de nós é único, e que as individualidades e diferenças têm de ser respeitadas.
Na verdade, nesta aventura da maternidade, não há fórmulas mágicas. É um caminho que temos de percorrer diariamente, onde vão surgir imprevistos; desilusões; dúvidas; medos; anseios; sorrisos; birras; alegrias; teimosias; mimos; doenças; e sim, "medos".
O segredo está na forma como encaramos tudo isto. E isso sim, pode ajudar ou dificultar a "nossa vida".
Por isso, se também sentem medos, não se assustem . Não estão sozinhas. Não são as únicas. Todas o sentimos. Mas somos corajosas. Não nos deixamos levar por eles. Estamos "aqui" todos os dias. A vencê-los. A ultrapassá-los. A derrubá-los. Porque não há medo nenhum que vença o amor de uma mãe .

Sem comentários:

Enviar um comentário